sábado, 29 de novembro de 2014

Nem tudo é o que parece #9



Era meu primeiro dia no meu novo emprego, já estava meio que atrasado, mas não estava muito preocupado com isso, mas sim com o puxão de orelha do meu chefe. Era uma empresa de tecnologias, desenvolvimento de softwares, enfim, vou deixar isso de lado e contar o que realmente importa. Depois de muitos tropeços nas escadas, finalmente encontrei o terceiro andar e tive a sorte de avistar um elevador. Senti um alívio tremendo, mas isso logo passaria após eu deparar-me com o zelador. Ele passou por mim com um olhar de desconfiança e de medo também.

Ficamos cerca de uns 2 minutos nos olhando, e o motivo permanecia implícito. Até que eu resolvo perguntar se existe um 23º andar. Ele arregalou os olhos e parecia suar frio.

- O senhor está bem?

- S-sim... mas, por favor, não vá para o 33º andar. É o último desse prédio, mas não aconselho a ninguém entrar lá. Aconteceu algo terrível, que me assombra até hoje, pois trabalho aqui há 20 anos.

Nunca me falaram de um 33º andar, mas tendo em vista o relato do zelador, fui guiado por minha curiosidade e adentrei no elevador com bastante pressa.

- Tenha cuidado. Nem pense em ir onde mencionei.

- Tudo bem, não se preocupe, não vou pra lá. - disse eu, mentindo.

Apertei os botões e me dirigi ao último andar. Estava ansioso e meio assustado, pelo tom de voz que aquele homem usou e o mistério que fez (a musiquinha do elevador ajudou bastante). Finalmente as portas abriram, porém... o arrependimento veio em questão de segundos.

Assim que as portas do elevador abriram-se, dei de cara com uma sala completamente destruída e... o pior: com espectros sombrios, com formas humanas, vagando pela sala e se jogando na janela principal. 

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