sábado, 29 de novembro de 2014

Nem tudo é o que parece #4

Na minha época de infância, em uma noite quando meus pais haviam saído para uma festa, fiquei em casa com umas amigas que convidei, pois seria um tédio ficar sozinha. Para nossa sorte, era o aniversário de uma delas, o que meio que espantou a falta do que fazer. Pegamos um pequeno bolo que estava guardado na geladeira, acendemos uma vela e cantamos os parabéns.

Nossa, fizemos muito barulho. Acho que foi a noite mais divertida da minha infância... até acontecer o inesperado. Gritávamos, tirávamos sarro umas com as outras, mas o que mais fazíamos era bater palmas. Após os parabéns, fizemos uma competição de quem batia palmas mais rápido. Como éramos quatro, eu e Andressa começamos primeiro.

O que me pareceu estranho nem foi o fato de eu ter vencido aquela brincadeira estúpida, mas sim de ouvirmos palmas, mesmo depois de termos parado.

- Ué, quem tá batendo palmas? Será alguém que quer participar? - perguntou uma delas.

- É a Lisa, ela tá com as mãos pra trás! - disse outra lá, que esqueci o nome.

- Não sou eu. Olha. - disse Liza, mostrando as mãos.

- Hum... pessoal, deve ter alguém em cima, no quarto eu acho. - disse Andressa apontando para a escada.

Quando as palmas retornaram - ainda mais estridentes e rápidas -, ficamos nos entreolhando apreensivas, e só então percebi que elas vinham do topo da escada. 

Nenhum comentário :

Postar um comentário